OS DESAFIOS EM DOCÊNCIA: FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO E PRÁXIS.[1]
Suelí Paranhos de
Oliveira[2]
INTRODUÇÃO
Para entendermos os motivos
da insatisfação de alguns professores com o trabalho pedagógico, precisamos
primeiro conhecer as perspectivas pedagógicas, suas teorias e a práxis que vem
relacionada a todas elas.
Diante de tantas abordagens
pedagógicas com seus pensamentos muitas vezes contraditórios, o fenômeno
pedagógico não poderia deixar de ser complexo. As escolas escolhem as suas
abordagens e o professor precisa se “enquadrar” dentro do que ela propõe, mesmo
que não seja seu pensamento inicial. As principais abordagens
pedagógicas estudadas nesta disciplina implicam em: preocupação com a formação
dos seus alunos para a cidadania (iluminista); não permite as relações sociais,
ou seja, os estudantes permanecem com suas origens, crianças eram divididas em
aptas e inaptas (positivista/funcionalista); trabalho manual para iniciar o
processo de ensino (socialista); proposta que
visa a renovação da mentalidade dos educadores e das práticas pedagógicas (escola
nova); assumir a responsabilidade por nossas
ações (fenemológico/existencialista); é contra a imposição arbitrária da
cultura das classes dominantes (crítica).
Dentro das perspectivas
pedagógicas há uma contradição, na maioria das vezes, entre a teoria e a prática.
Para a iluminista a educação deveria ser para todos, estabelecia que a educação
infantil tinha características próprias, que não necessariamente está vinculado
a vida adulta independente da classe social. Rousseau dividi a educação
infantil em etapas, porém a prática teve limitação em relação a teoria, nem
todo mundo podia ir à escola, ou por conta de questões financeiras ou porque o
saber a que tinha contato não lhe dizia respeito por se tratar de saber
burguês; Para abordagem positivista/funcionalista o reconhecimento da ciência
como principal orientadora da organização social, privilegiando o que é
verdadeiro concreto ou inquestionável, porém na prática falta o incentivo ao
pensamento crítico. Confiar sempre sem questionar não fará da educação uma
atividade progressiva; No socialismo a educação deveria passar pelo domínio da
linguagem (Vygotsky). Sem comunicação a classe trabalhadora não teria como
recriar a sua realidade; A Escola Nova parte do princípio de orientação para
resoluções de problemas sociais ou seja focar no indivíduo. Na prática está
ligada as ações escolares para ajudar na resolução de problemas da comunidade.
Pensar e agir para que se reconheça os valores sociais; O fenomenológico/existencialista
foca na relação ensino aprendizagem, mas não produz políticas públicas pois
precisa ser atualizada constantemente; E por último a perspectiva crítica que
tem Benjamin como crítico “implacável” aos valores burgueses, para ele a
criança aprende brincando e o professor deve manter este elemento criativo. Uma
criança criativa seria um adulto crítico. Na prática a “autocrítica é a lição
principal” deixada por estes pensadores, o professor precisa se certificar que
a prática pedagógica utilizada não irá oprimir e sim permitir a criatividade.
“Um bom professor não é
composto apenas de teoria”, a prática é algo importante até para se entender
determinadas teorias. Aquele que não vive experiências, através de diálogos e
vivencias, não tem como orientar verdadeiramente. A teoria e a prática estão atreladas
no quesito referente ao fenômeno pedagógico. As abordagens e perspectivas
pedagógicas podem apresentar limites entre a teoria e a prática a partir do
momento que as pessoas têm vivências distintas. Teoria é um instrumento para
prática pedagógica. Estabelecer uma
relação entre a teoria e a prática com transformações constantes, ou seja,
passear entre as diversas teorias para aprimorar as práticas, deve ser uma
proposta constante para o professor. Sem abrir mão das suas convicções o
professor pode reinventar as aulas atendendo as exigências pedagógicas da
instituição de ensino, mas utilizando técnicas diversas para alcançar seu
objetivo
CONSIDERAÇÕES FINAIS
“Saberes psicológicos,
filosóficos e sociológicos são essências” no dia a dia do educador e com a
ajuda destes o professor pode repensar novas formas de trabalhar fazendo com
que o seu dia em sala de aula se torne algo prazeroso. Muitos problemas sociais
afastam as crianças da sala de aula e do professor, mas se ele faz com que o
aluno seja o centro do seu trabalho, trazendo propostas de aprendizagem,
incluindo informações sobre a sua comunidade, todo o trabalho poderá ser mais
agradável para todos.
FONTES DE PESQUISA
Disponível
em: <https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/psicologia/fenomenologia-existencial/64973>.
Acesso em: 01.nov.2019.
Portal. Unijorge: educação
on line cursos EAD.
Disponível
em: <https://unijorge.instructure.com/courses/6418/files/1514051?module_item_id=95847&fd_cookie_set=1>.
Acesso em 21.out.2019.
Disponível
em: <https://unijorge.instructure.com/courses/6418/files/1514112?module_item_id=95849&fd_cookie_set=1>.
Acesso em 21.out.2019.
Disponível
em: <https://unijorge.instructure.com/courses/6418/files/1514053?module_item_id=95854&fd_cookie_set=1>.
Acesso em: 25.out.2019.
Disponível
em: <https://unijorge.instructure.com/courses/6418/files/1514107?module_item_id=95856&fd_cookie_set=1>.
Acesso em: 25.out.2019.
Disponível
em: <https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/direito/reflexao-acerca-das-principais-abordagens-pedagogicas-e-a-postura-do-professor/19174>.
Acesso em: 25.out.2019.
[1]
Trabalho apresentado como AV2 da disciplina Fundamentos da Educação.
[2]
Discente do curso de Pedagogia.