Memorial das baianas
O Memorial
das Baianas fica localizado na Praça da Sé, no mesmo espaço da Cruz Caída e foi
inaugurado em 2002. O espaço é administrado pela Associação das Baianas de Acarajé, Mingau e Similares do Estado da Bahia
(ABAM) e tem como objetivo mostrar as tradições das baianas, instrumentos,
quitutes e indumentárias. Trata-se de um espaço climatizado e para apresentação
deste se tem uma baiana como guia.
Antes de entramos no espaço climatiza, existe um rol ou
foyer com algumas fotos e nele assina-se o livro de visitas.
Nesta nossa visita, infelizmente, a baiana guia não se
encontrava no espaço, mas a professora nós informou que havia um vídeo
demonstrando algumas informações pertinentes ao ofício e cultura das baianas e
como não pudemos assisti-lo, ficamos livres para conhecer o espaço e
absorvermos o maior número de informação possível.
Chamou a minha atenção, as diversas vestimentas utilizadas
pelas baianas em diferentes momentos. A da lavagem do Bonfim, que é composta
por uma saia branca com roda bem aberta que provavelmente utiliza várias
anáguas engomadas, acompanhada de uma bata, um turbante na mesma cor e todos bordados,
além de um pano branco chamado pano da costa e colares representando orixás. O
traje de passeio é mais simples com uma saia sem roda e uma bata simples com
turbante, o pano da costa que na representação se encontrava no ombro, mas que
também pode seu usado na cintura. A vestimenta para festa da Boa Morte é
composta de saia preta, bata branca e um pano da costa preto e vermelho. O
traje do candomblé está na cor vermelha para homenagear a orixá Yansã, cor essa
que predomina em todo espaço inclusive nos cartazes explicativos. A baiana
vendedora dos quitutes (acará, bolinho no qual se coloca os “jê” que são
acompanhamentos como vatapá, camarão e por isso ficou conhecido como acarajé;
abará; bolinho de estudante e cocadas) veste uma saia colorida com flores
graúdas assim como uma bata branca, pano da costa amarrado a cintura e um
turbante bem elaborado na cor branca e, como não podem faltar em todos os
trajes os colores representando seus orixás, se encontra sentada em frente ao
seu tabuleiro.
Um passeio a um espaço importante para a nossa cultura,
mas que infelizmente é pouco conhecido pelos baianos e “marginalizado” por
outras religiões. Não se trata de um espaço religioso e sim cultural que todas
as escolas deveriam levar seus alunos para conhecê-lo. O espaço é rico em
informações com cartazes explicativos e muitas fotos. Sentimos falta da nossa
guia para que pudéssemos registrar o seu conhecimento sobre todo Memorial.
Resenha sobre o passeio feito ao Memorial das Baianas - Suelí Paranhos de Oliveira - Graduanda em Pedagogia.
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